terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

A Gestão de Projetos no contexto brasileiro: dá certo?

A gestão de projetos é temática presente nos discursos dos gestores de diversas organizações, sejam públicas ou privadas. Faz sentido, porque esta ferramenta auxilia no desenvolvimento dos projetos organizacionais, através do planejamento das ações que darão vida à concretização dos objetivos determinados.

Mas, aí incorre o grande problema: Planejar. Debruçar-se sobre o que vai ser realizado, identificando cada etapa, cada recurso, cada responsável e os respectivos prazos. Quando iniciadas as discussões, depois de um tempo observa-se que a sensação dos envolvidos é que está se perdendo tempo. Ao invés de pensar no que fazer ou no que deveria se fazer. Alguns pensam. E por isso, apesar de se perceber a importância da gestão de projetos no contexto organizacional, esta ainda não é apropriadamente aplicada.
A cultura que os gestores organizacionais brasileiros têm de serem “apagadores de incêndios” é um grande dificultador da implantação desta prática. Então, tenta-se de todas as formas adequar o método para esta realidade. Os resultados são prejudicados, o que reforça a necessidade de se apagar cada vez mais “incêndios”.  Isto pode ser um indicador do baixo nível de maturidade das organizações brasileiras, nas pesquisas publicadas.

 É preciso ter em mente: Mais do que a mudança na prática organizacional, a gestão de projetos é uma mudança nos pressupostos da prática, um fazer diferente, que necessita de direcionamentos diferentes para que possa ser bem sucedida. Se este entendimento não for internalizado, esta prática não trará maiores resultados.

Antonio de Souza Silva Júnior é doutor em administração e professor do departamento de ciência da informação da UFPE.

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