Os chamados recursos humanos somos nós: as pessoas.
Após a Revolução
Industrial, as empresas
começaram a organizar a sua forma de administração, mas ainda assim, o papel
das pessoas nos seus resultados não era muito valorizado.
Com o passar do tempo, foi
ocorrendo certa evolução da percepção da importância do fator humano nas
organizações. Inicialmente, as pessoas, antes tratadas de qualquer forma e sem
cuidado, passaram ao menos a serem igualadas em importância aos recursos
materiais ou financeiros, por exemplo. Parece pouco, não é? E era mesmo! Mas,
para a época, foi o primeiro passo rumo ao entendimento do valor das pessoas
nas organizações. Partia daí o conceito formal de que, assim como era dada importância às máquinas ou estoques, também devia ser dada importância às pessoas.
Nesse período pós Revolução Industrial, a busca pelo desenvolvimento e melhoria dos processos e
métodos cresceu bastante e, com essa busca, alguns efeitos colaterais
relacionados às pessoas começaram a surgir. As empresas e os estudiosos começaram a perceber que o comportamento do
homem influenciava diretamente no resultado da empresa. Era preciso
maximizar a eficiência da produção, mas foi ficando cada vez mais claro que
isso não seria possível sem atuar adequadamente com as pessoas e suas necessidades.
Com essa percepção sobre a importância das
pessoas, começou a ser criado um setor, que hoje conhecemos comumente como Recursos Humanos - RH,
para tratar as relações entre elas e as organizações. Este, ao longo dos anos, também foi mudando a
sua forma de atuação diante da evolução de tais relações e deixou de ser um
setor que tratava apenas da burocracia de pessoal para se tornar um fator chave
nas transformações dentro das organizações. Não bastava apenas tratar das
rotinas relacionadas às pessoas e condições de trabalho, mas passou a se perceber a importância da
valorização dos profissionais e das pessoas como indivíduos,
bem como o papel delas nos resultados da empresa. Como mudou essa forma de atuação, o RH acabou se dividindo em subsistemas, sendo alguns dos mais conhecidos relacionados a seguir:
- Recrutamento e seleção
- Departamento pessoal
- Treinamento e desenvolvimento
- Saúde e segurança do trabalho
- Qualidade de vida
- Etc.
Atualmente,
conceituar as pessoas como recursos já não está sendo aplicado, mas ficou muito marcado no nome do setor que trata de suas relações dentro das empresas: RH. Claro que, assim como a visão da importância do homem na empresa tem sofrido evoluções, também várias nomenclaturas para o setor surgiram ao longo do tempo. Já foram utilizadas expressões como "setor de administração de pessoal ou setor de pessoal e relações humanas” etc. Mais recentemente, usam-se expressões como “administração de RH, desenvolvimento de recursos humanos, gestão de pessoas ou gestão com pessoas”, entre outras. Mas acho que o nome do setor é o menos importante quando se trata da real importância que as empresas empregam às pessoas, não é?
Hoje, as pessoas são vistas como capital humano, termo que também vem sendo questionado por alguns estudiosos, mas o mais importante nisso tudo é que finalmente tem se percebido que as suas ideias, contribuições e força de trabalho são muito mais relevantes para as empresas do que qualquer máquina. As empresas têm cada vez mais trabalhado em desenvolver maneiras para estimular estas pessoas a se manterem motivadas, para obterem melhores resultados e desejarem permanecer em seus cargos. Vamos caçar palavras, de acordo com o conteúdo do texto, e reforçar um pouco mais sobre o que lemos aqui?
Dicas:
1 - As
pessoas não eram valorizadas na empresa, mas após a Revolução Industrial,
passaram a ser vistas como o que?
2 - Um dos
subsistemas do RH
3 - Elas
são "os chamados recursos humanos"?
4 - Se as
pessoas não mais são vistas como recursos, como são vistas hoje?
5 - O que
as empresas perceberam com o passar do tempo que influencia no resultado delas?
Trecho extraído e adaptado do caderno de estudos do curso técnico de administração, oferecido pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. Autora: Luciana Bazante.
Luciana Bazante é administradora, engenheira, professora, coordenadora de gestão da qualidade e especialista.